Cidade do Vaticano
Um estilo de vida pessoal e familiar mais sustentável: foi o que pediu o Papa Francisco ao recordar a celebração, neste 1º de setembro, do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação.
Após a oração do Angelus, o Pontífice reforçou o caráter ecumênico desta data, que “anima a conscientização e o empenho para proteger a nossa comum, a partir de um estilo de vida pessoal e familiar mais sustentável”.
O Papa recordou que a partir de 1º de setembro até o dia 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis, os fiéis podem aproveitar este período para louvar a Deus por todas as suas criaturas e para assumir sua responsabilidade diante do grito da Terra.
Mensagem do Santo Padre
Sustentabilidade e responsabilidade também marcam a mensagem de Francisco para este Dia Mundial.
“Egoísmos e interesses fizeram deste lugar de encontro e partilha, que é a criação, um palco de rivalidades e confrontos. Assim, colocou-se em perigo o próprio ambiente: coisa boa aos olhos de Deus, torna-se coisa explorável nas mãos humanas”, escreve o Papa, citando o versículo 25 do primeiro capítulo do Gênesis: «Deus viu que era coisa boa».
A degradação aumentou nas últimas décadas, constata o Pontífice: a poluição constante, o uso incessante de combustíveis fósseis, a exploração agrícola intensiva, a prática de abater as florestas elevaram as temperaturas globais para níveis preocupantes.
Diante desta “emergência climática”, Francisco afirma que é hora de redescobrir a nossa vocação de filhos de Deus, arrepender-se e converter-se.
Para o Papa, este é o tempo para refletir sobre os nossos estilos de vida, verificando como muitas vezes são levianas e danosas as nossas decisões diárias em termos de comida, consumo, deslocação, utilização da água, da energia e de muitos bens materiais.
Além de refletir sobre nossos estilos de vida, Francisco convida a empreender ações proféticas, como muitos jovens estão optando por fazer.
As nossas orações e os nossos apelos, escreve ainda o Papa, visam sobretudo sensibilizar os responsáveis políticos e civis. Nesse sentido, cita dois eventos iminentes: a Cúpula das Nações Unidas para a Ação Climática, em 21 de setembro, e a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia.